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ATELIÊ    BIOGRÁFICO

Ditas por estudantes de graduação de diferentes cursos da UFRJ, estas frases confirmam a realidade de silenciamento a qual estão sujeitas Mulheres Negras e sua produção escrita e oral. 


Via de regra, quando veiculadas, nossas imagens confinam-se a estereótipos racistas e machistas de sexualização e subalternidade, impedindo que sejamos vistas e reconhecidas a partir de nossa força intelectual. 


Em contraponto a este confinamento, definido por Chimamanda Adichie como “perigo da história única”, criei em 2015 a disciplina Intelectuais Negras: saberes transgressores, escritas de si e práticas educativas de mulheres negras, atualmente uma eletiva da Faculdade de Educação da UFRJ. 


O currículo da disciplina é inspirado por práticas educativas feministas negras, nas quais a cooperação destaca-se como princípio norteador para a criação de metodologias de trabalho específicas. 

origem

 “Estou me formando e nunca tive a oportunidade de ler uma Autora Negra”.

“Eu vim fazer este curso porque nunca tive uma Professora Negra”.

“Não sabia que existiam Autoras Negras”.

OBJETIVO

Dentro da perspectiva teórica do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras UFRJ, de que enquanto Mulheres Negras somos muitas e diversas, desenvolvemos o Ateliê Biográfico Intelectuais Negras, uma metodologia de trabalho cooperativa que tem como objetivo conferir visibilidade às Mulheres Negras como Autoras de diferentes saberes.

Escolhendo as Autoras Negras e Organizando os Grupos


Ao longo da disciplina, as e os estudantes organizam-se em grupos, montados através de sorteios em detrimento de critérios de afinidade, isso por entendermos a importância da sala de aula como espaço para conhecermos uns aos outros. 
Para organização dos grupos, antes do início do semestre são realizadas pesquisas para escolha de cinco autoras negras que serão as “personagens” pelas quais cada grupo se organiza.

Para seleção das Autoras são considerados marcadores sociais como classe, gênero, regionalidade, sexualidade, além de também priorizarmos Autoras que acionam múltiplas linguagens (ativista, familiar, literária, religiosa, universitária...) com intuito de questionar a perspectiva do conhecimento acadêmico como único válido.

COMO FUNCIONA?

OS   ATELIÊS BIOGRÁFICOS

Como parte das tarefas, as e os integrantes são estimulados a ler a produção e pesquisar aspectos da trajetória das Autoras que nomeiam seus grupos. São também estimuladxs a compartilhar as descobertas com o restante da turma e, em diálogo com a bibiliografia do curso, convidadxs a assumir a co-autoria do curso, desenvolvendo vivências a partir dos conhecimentos acumulados com as leituras e investigações que realizam individual e coletivamente no semestre.

Intelectuais   Negras    na
primeira    pessoa

Stela do Patrocínio, Jacqueline Gomes de Jesus, Carolina Maria de Jesus, Azoilda Loretto da Trindade, Conceição Evaristo e Dona Débora da Silva são algumas das Autoras Negras que deram vida aos Ateliês Biográficos.


Para além de estudar e conhecer a obra e a vida das Autoras e as especificidades da escrita de Mulheres Negras, durante o curso são estimuladas foram de interação entre o grupo e sua referida personagem, desmistificando a ideia da Autora como uma entidade abstrata e descolada da realidade. Tal contato fucniona através de emails, Facebook e participação da turma em eventos que contam com a presença das referidas Autoras.

Cristiane Sobral

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Conceição Evaristo

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Djamila Ribeiro

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Coluna Cartta Capital

Jarid Arraes

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Jacqueline Gomes de Jesus

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Mel Duarte

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Miriam Alves

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Jéssica Ipólito

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Preta Rara

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Rosana Paulino

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Dona Débora Silva Maria

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Cidinha da Silva

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Carolina Maria de Jesus

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Ana Paula Lisboa

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Bell Hooks

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Livro: Ensinando a transgredir. A educação como prática da liberdade.

Ana Maria Gonçalves

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Azoilda Loretto da Trindade

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